terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma Homenagem (A Verdadeira História do Hexa do Mengão)


Parece que por todo esse tempo, os deuses do futebol brasileiro se distraíram, alias não é por menos, já que são os mesmos dos gregos antigos, dizem que estavam descansando preguiçosamente, e talvez até maliciosamente, deixando que os mortais usassem o seu arbítrio para transformar o futebol nacional em uma espécie de ideal yuppie, conservador, quadrado, certinho, chato e pragmático.

Chegou por boca miúda que Zeus (Zeus é o cara no Olimpo, come todo mundo)acordou na sua cobertura no Monte Olimpo, num domingo chuvoso, cansado de suas aventuras eróticas e resolveu ligar sua TV de LCD 1520” para assistir um peladinha pelo PFC, quando se assustou, ao saber através do Galvão Bueno que o São Paulo era tri campeão brasileiro e brigava pelo quarto titulo consecutivo. Por ser Zeus não teve a mínima duvida, o futebol não estava na mão do verdadeiro responsável. Sendo o verdadeiro responsável Dionísio (deus do vinho, do lazer, do prazer, daquelas coisas também) Zeus foi a procura dele. Pelo tratado do Olimpo, Dionísio é responsável pelo futebol e como tal, tem que dar todo o ano pelo menos um titulo para o Flamengo (Time de Zeus, óbvio), mas como Dionísio bebe demais, acaba que de vez em quando falha com o chefão.
Mas uma questão estava muito errada. Como o Flamengo não ganhava a tanto, o titulo brasileiro? E como São Paulo, time de um santo católico iria ser tetra campeão?
Foi então que Zeus descobriu em uma sala, Hermes (deus metido a inteligente, chato pra cacete), o deus yuppie, sentado em um sofá entre Clodovil (o viado velho mesmo) e Marco Aurélio (o do cavanhaque estranho) segurando os títeres do futebol nacional. Dionísio desta vez tinha exagerado na irresponsabilidade! E com um grito estrondoso que mais parecia um trovão, Zeus tomou os títeres e os deu para seu filho, mas fanático pelo Mengão, Ares (deus da guerra), e ordenou para que ele acabasse com aquela viadagem, para que o time mítico voltasse as suas corriqueiras glórias, porque ele estava afim de ver a porra do futebol (palavras dele).

Então Ares, pavio curtissimo, após espancar Dionísio, Hermes, Clodovil e Marco Aurélio. Resolveu chamar Orfeu (Andrade), filho de Apolo, para com sua lira comandar o time mítico.
Orfeu (deus culto, artista no que fazia ou Andrade, mesma coisa) reparou a presença de um deus no elenco, meio perdido e muito triste, o Hades (deus do submundo ou Adriano) de poucas palavras, que inspirava muito medo nos mortais. Com sua Lira encantada Orfeu em uma tarde no reino da Gávea, resolveu tocar, e o resultado como sempre não poderia ser outro, os pássaros pararam para escutar, as árvores se curvaram para pegar os sons no vento e com melodias simples e belas que tocam o cérebro, Hades (Adriano) perdeu seu medo.

Mas com aquele problema de anos, e com Zeus sentado no sofá olímpico assistindo a pelota, ainda faltava algo, então Orfeu (Andrade), chegou a conclusão, que apesar do deus Hades (Adriano) faltava no time mítico um personagem que apesar de todos os poderes divinos, deus nenhum dispensava, e ele era o herói. Dizia Orfeu (Andrade), “um exercito pode ter deuses apoiando, mas nunca pode faltar um herói”, foi então que observou esquecido em um canto qualquer, Odisseu (herói ardiloso ou Petkovic) , que ainda estava a procura do seu lugar, Ìtaca (ou Reino Gávea, mesma coisa). Ele que havia vencido a guerra de Tróia (ou o tri em cima do vasco, mesma coisa) e havia passado por muitos reinos diferentes para retortar à Ìtaca eterna, reparem, eterna. Odisseu (Petkovic) então com ajuda de Orfeu retomou suas forças e junto com Hades e com um exército Gigantes pode retornar para o Reino da Gávea Eterna com o troféu de hexacampeão brasileiro, agradando os deuses mais importantes e acabando com a viadagem e a chatice no futebol brasileiro.
E essa é a verdadeira História do Hexa.